População Residente na União das Freguesias de Chorense e Monte

537 habitantes (2021)

Antiga freguesia de Chorense

Chorense encontra-se nas imediações da sede Concelhia e situa-se nos terrenos acidentados do monte da Seixeira. Nela se encontram vestígios da sua antiguidade, relacionados com a época romana, com destaque para a VIA.NOVA.A BRAC., Geira ou via militar n.º XVIII do Itinerarium Antonini, que ligava Braga a Astorga, em Espanha.

Na zona contígua ao sítio designado chã ou Chãos de Vilar observaram-se fragmentos de construções antigas, sendo visível na superfície do solo vestígios de cerâmica, tegulae (identificado arqueologicamente como telha plana), cerâmica comum e muitos outros fragmentos.

No lugar do Assento, aparece a matriz, um excelente templo, com altar-mor e colaterais, integrado no estilo da Renascença. Na padieira da porta principal inscreve-se a era de 1710, data da sua ampliação. O tombo da presente matriz, que tem como orago Santa Marinha, data de 1545. Encontram-se outros nichos religiosos estrategicamente situados, sobretudo nas comunidades mais isoladas, como a capela de S. Sebastião da Geira, em Pilatos, Santa Apolónia em Saim e N.ª Senhora da Nazaré no lugar das Cruzes. A predominância de capelas particulares enquadram-se na Nª Senhora da Saúde inserida no solar da Casa do Bárrio e a capela devota de S. Cosme, no lugar da Devesa.

Identificação/Constituição dos aglomerados habitacionais

Aldeia, Assento, Casal, Cruzes, Devesa, Emaús, Fojo, Ladário, Laje, Pilatos, Quintela, Real, Saim, Sub-Ribas e Vessada.

Colectividades

Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Chorense, Conselho Directivo do Baldio do Lugar de Saim e de Chorense, Clube de Caça e Pesca, Grupo de Escuteiros de Chorense, Grupo de Música Popular e Junta de Freguesia.

Equipamento/Infra-estruturas sociais e educativas

Escolas do 1º ciclo do Outeiro e de Saim, Jardim de Infância, ATL, Centro de Apoio à Comunidade.

Animação Cultural

Trilho Pedestre da Geira, com as seguintes
Duração: 4 horas
Distância: 9,5 km
Ponto de Partida/ Chegada: S. Sebastião da Geira

Festas e Romarias

Santa Marinha (Julho), S. Sebastião da Geira (Agosto) e Santa Apolónia (Agosto)

Património Histórico-cultural

Do tempo romano destaca-se a via militar XVIII, vulgo Geira, com os miliários que registam a memória dos Imperadores romanos; César Augusto, Marco Aurélio, Gaio Calpetano e Valério Festo.
No lugar de Saim, na presumível cidade Saliniana, fizeram-se descobertas e achados arqueológicos que remetem para uma construção castreja, tendo sido utilizada pelos romanos.

Actividades económicas

Agro-pecuária, construção civil e serralharia, comércio, espaços TER.

Antiga freguesia de Monte

Santa Isabel do Monte é um território de montanha, situado na bordadura do relevo de Santa Isabel, onde encostas abruptas descem sobre o apertado vale da ribeira de Freitas. Esta posição dominante confere-lhe uma clara importância estratégica no controle do trânsito entre os vales dos rios Homem e Cávado. Apresenta uma formação geológica muito afastada no tempo, possivelmente das eras primitivas da Idade da Pedra Polida.

Das várias épocas e, consequentemente, dos povoamentos humanos restam vestígios da sua história, com referência para as tumulações megalíticas, vulgarmente denominadas por mamoas, ou por Covas da Moura, localizadas no sítio dos Candais, no lugar de Campos Abades. Estas estruturas arqueológicas, construídas a partir de terra, cascalho e calhaus de granito, pelas suas similitudes formais com outros exemplares que se encontram nas serras do Noroeste, se atribui a função funerária, com identificação cronológica situada entre os IV.º e III.º milénios a.C.

Apesar do aspecto agreste e aparentemente “natural”, é uma paisagem humanizada já desde os IV.º-III.º milénios a.C, como testemunham diversos vestígios arqueológicos, e que actualmente sustenta vários núcleos populacionais de economia agro-silvo-pastoril tradicional, estabelecidos na Idade Média. As aldeias coroam a mancha agrícola, marcando a separação com a zona de bosque, de vegetação espontânea dominada por carvalhos, para além da qual se estendem os extensos baldios, o “monte” onde se apascenta o gado (cabras, cavalos e vacas).

A matriz encontra-se implantada aos 745 metros de altitude, no topo do pequeno outeiro que domina, por Sudeste, a fértil veiga de Campos Abades. A igreja paroquial de Santa Isabel do Monte, como orago de Santa Isabel, é um templo cristão de pequenas dimensões, com nave e capela-mor rectangulares.

De arquitectura simples, despojada, mas de sólida construção em cantaria de granito local, como evidenciam as faces exteriores, a igreja de Santa Isabel do Monte alberga, para além do altar homólogo na capela-mor, dois altares colaterais.

Não apresenta traços arquitectónicos característicos de qualquer estilo artístico, enquadrando-se, na sua simplicidade, no vasto conjunto de edificações religiosas do mundo rural minhoto, de fábrica local, edificadas ao longo dos séculos XVII e XVIII. Para a cronologia absoluta desta igreja conhece-se uma referência documental de 1728, ano em que se reformaram as paredes da capela-mor. A igreja partilha o topo do outeiro com o cemitério paroquial, que encosta ao lado Norte, e com um anexo que se desenvolve paralelamente ao corpo da igreja, no lado Sul, que serve de apoio a actividades paroquiais.

Identificação/Constituição dos aglomerados habitacionais

Alecrimes, Campos Abades, Rebordochão, Seara e Ventozelo.

Colectividades

Conselho Directivo do Baldio do Monte e Junta de Freguesia

Equipamento/Infra-estruturas sociais e educativas

Escolas do 1º ciclo de Monte e Junta de freguesia

Animação Cultural

Trilho Pedestre do Castelo
Duração: 6 horas
Distância: 16,4 km

Festas e Romarias

Santa Isabel (2º Domingo de Agosto)

Património Histórico-cultural

A aldeia de Campos Abades, que teve origem na granja cisterciense do mesmo nome fundada pelos monges do mosteiro de Santa Maria de Bouro. A tessitura do núcleo populacional é completada com espigueiros, palheiros, currais e pequenas hortas, tudo unido/separado entre si por muros de pedra solta, formando um conjunto compacto e concentrado, característico do povoamento serrano do Noroeste português.

Os arruamentos são parcialmente pavimentados com lajes de granito irregulares, apresentando algumas partes do seu traçado recobertos por latadas de vinha.

A Chã da Nave é um amplo alvéolo aplanado encravado na vertente meridional do maciço do Piorneiro. É verdadeiramente uma planície entre montanhas, tal como significa o seu nome Nave ou Navia, que é uma corruptela de nava, de origem pré-indoeuropeia. No topo Nordeste da chã, conservam-se duas mamoas, bem perceptíveis na linha de superfície do solo e distantes uma da outra cerca de 50 metros. Estes monumentos megalíticos a que se atribui uma função funerária, apresentam similitudes formais com inúmeros conjuntos dispersos pelas serras do Noroeste e aos quais se atribui uma cronologia situada entre os IV.º e III.º milénios a.C..

No “Castro mao” e no Castelo de Bouro ou de Covide, como é conhecido localmente, repousam vestígios de uma fortificação de épocas históricas. O castelo está identificado como roqueiro, característico dos primórdios da nacionalidade. Considerando as suas características construtivas, a implantação geo-estratégica e localização relativa e as fontes medievais que lhe fazem referência, seria este o castelo de Bouro.

Actividades económicas

Agro-pecuária, Comércio, Turismo no Espaço Rural.