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Parque Nacional Peneda-Gerês

O Parque Nacional da Peneda-Gerês apresenta-se como a primeira área protegida a ser criada em Portugal (1971), pelo Decreto-Lei nº 187/71 de 8 de Maio, sendo o único com estatuto de Parque Nacional. Localiza-se na região norte de Portugal, compartindo fronteira com a Galiza, que forma uma paisagem contínua com o Parque Natural da Baixa Limia-Serra do Xurés, no município de Lóbios, em Espanha. O conjunto dos dois parques forma o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés. Além das áreas de influência dos rios Minho, Lima, Cávado e Homem, o PNPG faz parte dos maciços graníticos da Peneda, Amarela e do Gerês. Ocupa uma área de 69 693 hectares, abrangendo cinco Concelhos: Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro. Neste último, ocupa 55,7% da área total concelhia.

 

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Mapa do Parque Nacional da Peneda-Gerês (fonte: site do PNPG)

 

A região que o integra é de predominância granítica e montanhosa, com altitudes que atingem os 1545m, no Pico da Nevosa, em Terras de Bouro. Parte das serras que o constituem sofreram intervenções do Homem, em continuidade, desde o tempo Neolítico.

Mais informação: 

Parque Nacional da Peneda-Gerês
Avenida António Macedo
4704-538 BRAGA
Email: pnpg@icnf.pt
Site: www.icnf.pt

 

Delegação do Gerês
Vilar da Veiga - Vila do Gerês
4845-67 Terras de Bouro
Email: pnpg.tb@icn.pt

Serras e Montanhas

Um território de montanha representa um local por excelência para a promoção de novos destinos turísticos que aliados à riqueza do património natural e cultural, propiciam a prática e o fruir de actividades de recreio, lazer, em contacto permanente com o meio ambiente.


O uso e conservação dos espaços naturais, são factores cruciais que importa atender no incremento do turismo e seus segmentos; turismo da natureza, turismo ambiental, turismo activo, ecoturismo. Trata-se de um movimento turístico que implica atrair visitantes do mundo urbano para estas áreas, por períodos mais curtos ou mais longos, criando alternativas ao tradicional turismo de massas. A criação de estratégias de preservação e gestão dos espaços naturais, a partir de actividades múltiplas e abrangentes, seja na componente natural, cultural, histórica e etnográfica, convertem-se em factores de grande potencial turístico. Por este conjunto patrimonial de extremo valor as empresas de animação, entre outra tipologia de organismos, têm possibilidades de fomentar um nível significativo de empregabilidade. Os recursos naturais, quando adequadamente geridos e utilizados permitem atenuar as assimetrias regionais, contribuir para o quadro de empregabilidade, suscitar um dinamismo e desenvolvimento local. Esta perspectiva, tem sido pronunciada, frequentemente e noutros tempos, como o fez Tude de Sousa, no ano de 1927, “é preciso que o turismo alpestre se crie e se desenvolva, é preciso escalar a montanha e fixar por lá temporadas de dias de pleno ar, de plena luz, de plena natureza. E nenhuma serra convida tanto como o Gerez, onde os homens e as árvores, as pedras e as águas, a sua fauna e a sua constituição própria, nascidas, criadas e irmanadas num admirável conjunto, oferecem ao forasteiro atractivos sem rival.” As serras do Gerês e Amarela, espaços naturais de grande importância, inseridos no Parque Nacional da Peneda-Gerês, têm sido palco de notáveis e interessantes observações orais e escritas, desenvolvidas por inúmeros especialistas de áreas distintas. Entre um vasto grupo de notáveis autores, destaca-se Miguel Torga que refere “A serra Amarela é um dos ermos mais perfeitos de Portugal. Situada entre o Gerês e o Lindoso, as suas dobras são largas, fundas e solenes. (...) Não há estradas, senão as da raposa matreira, nem pousadas, senão as cabanas dos pastores”. (Vilarinho da Furna, no Diário III, 25 Julho, 1943/46)

Albufeiras

A região de Terras de Bouro possui uma densa rede hidrográfica e apresenta duas importantes obras hidráulicas – albufeiras da Caniçada e de Vilarinho das Furnas – que constituem testemunhos da riqueza aquífera do território.

Assim, salienta-se o rio Cávado que tem a sua nascente na Serra do Larouco e da sua rede hidrográfica há a destacar um dos principais afluentes: o rio Homem, com cerca de 45 km de comprimento, que nasce na Serra do Gerês, junto aos cumes do Outeiro Redondo e Carris, localizado a 1500 m de altitude. Percorre a Serra do Gerês e vertente Sul da Serra Amarela, atravessa o concelho de Terras de Bouro para desaguar nos concelhos confinantes de Vila Verde e de Braga.

Na área concelhia encontram-se em exploração dois aproveitamentos hidroeléctricos pertencentes ao Grupo EDP – Electricidade de Portugal S.A. Vilarinho da Furna, uma albufeira criada em 1972, com 125 de potência máxima (MW), atingindo uma energia produtiva média anual de 184. A albufeira da Caniçada foi criada em 1954, com 62 de potência máxima (MW), atingindo 340 de energia produtiva média anual.

O aproveitamento hidráulico de Vilarinho das Furnas representa o último grande empreendimento construído na bacia do Cávado, localiza-se no Rio Homem e os seus caudais são turbinados na central próxima à albufeira da Caniçada.

Mata da Albergaria

A Mata de Albergaria é um dos mais importantes bosques do Parque Nacional da PenedaGerês (PNPG), constituída predominantemente por um carvalhal secular que inclui espécies características da fauna e da flora geresianas. Guarda também um troço da Via Romana - Geira - com as ruínas das suas pontes e um significativo conjunto de marcos miliários.

 

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 Mata da Albergaria

 

A baixa presença humana nesta mata não rompeu, até há poucos anos, o frágil equilíbrio do seu ecossistema, cuja riqueza e variedade contribuíram para a sua classificação pelo Conselho da Europa, como uma das Reservas Biogenéticas do Continente Europeu. É também, nos termos do Plano de Ordenamento do Parque, classificada como Zona de Protecção Parcial da Área de Ambiente Natural.
Entretanto, o peso humano tornou-se excessivo, em particular nos meses de Verão, e a regeneração dos componentes naturais passou a fazer-se mais lentamente, sendo já visíveis os seus efeitos nocivos.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês tem por missão assegurar a preservação desses valores patrimoniais. Para isso, e por consenso estabelecido entre o PNPG e as entidades locais - Câmara Municipal de Terras de Bouro e Juntas de Freguesia de Rio Caldo, Vilar da Veiga, S. João do Campo e Covide -, o Ayuntamento de Lobios e o Parque Natural Baixa Limia-Serra do Xurés, foi decidido aplicar um conjunto de normas, com as quais se procura criar alternativas à utilização do trânsito motorizado, através de novas formas de visita àquele .espaço.

Não se pretende com estas disposições impedir o natural usufruto da beleza desta Mata. Pretende-se apenas ordenar a sua utilização, sensibilizando para novas formas de contacto com a Natureza, de modo a que os seus valores não saiam prejudicados e não nos vejamos, de futuro, privados de uma floresta que reúne características raras no país.

Apelamos assim à compreensão e à colaboração de todos para que com o Parque Nacional, as autarquias e os residentes congreguem esforços para manter preservada, com toda a sua riqueza, a Reserva Biogenética da Mata de Albergaria, respeitando as seguintes disposições:

1. A velocidade máxima de circulação é de 40 Km/hora;

2. É proibido o estacionamento de quaisquer veículos, excepto os do PNPG, Autarquias, Forças de Ordem e Serviços de Bombeiros, bem como os conduzidos por naturais e residentes do concelho de Terras de Bouro, após autorização pela respectiva Junta de Freguesia (Rio Caldo, Vilar da Veiga, S. João do Campo e Covide), Câmara Municipal (restantes freguesias) ou Delegação do Parque Nacional no Gerês;

3. Durante os feriados e fins de semana da época de Verão, é proibido todo o trânsito motorizado, excepto:

3.1. Aos naturais e residentes do concelho de Terras de Bouro, mediante apresentação de documento de identificação;

3.2. Às viaturas que se dirijam de e para a fronteira, percurso ao longo do qual não poderão efectuar paragens e onde deverá ser respeitado o limite máximo de velocidade indicado no local.

4. Durante os dias úteis será autorizada a circulação de viaturas na Reserva, podendo o PNPG estabelecer impedimento equivalente ao dos fins de semana e feriados, desde que o excesso de tráfego o justifique;

5. É interdito o trânsito de veículos pesados de mercadorias e de passageiros, excepto quando disponham de lotação não superior a 25 lugares ou de lotação compreendida entre os 25 e os 40 lugares, desde que enquadrados em visitas guiadas organizadas pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês, pela Câmara Municipal de Terras de Bouro ou pelo Parque Natural Baixa Limia-Serra do Xurés.
Para além destas disposições, apela-se ainda ao respeito pelas normas de conduta habituais em espaços protegidos, tais como caminhar sempre pelos trilhos e caminhos existentes, não recolher plantas nem perturbar a fauha, não deixar lixo, não fazer fogo nem piqueniques.

Estamos certos de que, com esta colaboração, a Mata de Albergaria conservará os seus valores, o que muito contribuirá para o enriquecimento de um património ambiental que a todos pertence.
As presentes normas aplicam-se às vias de acesso e circulação na Mata de Albergaria e, designadamente, às seguintes estradas florestais:

•Leonte - Portela do Homem
•Bouça da Mó - entroncamento com a estrada referida anteriormente

O texto completo do Edital de Acesso à Mata de Albergaria na Serra do Gerês encontra-se à disposição de todos quantos o pretendam consultar nos serviços do Parque Nacional da Peneda-Gerês e na Câmara Municipal de Terras de Bouro.


Percursos alternativos:
Gerês - Pedra Bela - Cascata do Arado - Ermida - Gerês
Gerês - Ermida - Fafião - Cabril - Pitões das Júnias - Tourém
Rio Caldo - S. Bento - Campo do Gerês - Junceda - Lamas - Gerês
Rio Caldo - S. Bento - Campo do Gerês - Vilarinho da Furna - Brufe - Terras de Bouro ou Ponte da Barca

Serra Amarela

A serra Amarela desenvolve-se num extenso território que abrange a área de Terras de Bouro, bem como do concelho de Ponte da Barca. Trata-se de uma montanha áspera, concordante com o seu nome – Amarela -, cuja raiz etimológica significa, precisamente amargo, duro.

As mariolas que harmonizam a paisagem agreste constituem marcas dos pastores aquando da guarda dos animais na serra. Actualmente, servem de marcas de sinalização a indicar o caminho certo do trilho pedestre, que vai ao encontro de sítios paisagísticos.

 

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 Serra Amarela

 

O maciço montanhoso do Gerês fica-lhe fronteiro e nesta extensão de paisagem serrana prevalecem interessantes testemunhos arqueológicos relacionados com as duas mais importantes actividades exercidas pela população na serra: a defesa da fronteira e a pastorícia. A primeira expressa no complexo defensivo da Chã do Salgueiral e a segunda especialmente manifesta no fojo do lobo de Vilarinho.

Na Chã do Salgueiral encontram-se, entre outros vestígios edificados, as casarotas e a trincheira, onde se fazia a defesa da célebre fronteira Portela da Amarela, tarefa cometida aos habitantes de várias aldeias do vale alto do rio Homem, já desde a Idade Média, como bem documentam as inquirições do século XIII.

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